Antínoo como Agathodaemon (130–138 da Era Comum) |
Um agathodaimon ("bom/nobre espírito" ou "bom/nobre gênio" em nossa língua) é um espírito (daimon/daemon) dos vinhedos e campos de cereais na religião da Grécia Antiga. Eles são espíritos companheiros pessoais, comparáveis aos gênios romanos e aos anjos cristãos, que garantem boa sorte, saúde e sabedoria.
Antínoo com Serpente Escultura de August Julius Streichenberg, 1852 Potsdam, Alemanha |
Agathos Daimon é o cônjuge ou companheiro de Tyche Agathe (Τύχη Ἀγαθή, "Boa Sorte"; Latim: Agatha). "Tyche conhecemos em Lebadeia como a esposa do Agathos Daimon, o bom ou nobre espírito." Sua presença numinosa poderia ser representada na arte como uma serpente, ou mais concretamente como um jovem segurando uma cornucópia e uma tigela na mão, e uma papoula e uma espiga na outra. O agathodaimon mais tarde foi adaptado em um daimon geral da fortuna (sorte), particularmente da abundância contínua de boa comida e bebida de uma família.
Durante o Império Romano, o jovem amante do Imperador Adriano, Antínoo, foi adorado como um deus após sua trágica morte no Egito, tendo sido sincretizado com vários deuses e gênios do paganismo, entre eles o agathodaimon como "Antínoo Agathodaimon".
Vós, poderoso governante, Daimon temível, eu chamo,
suave Zeus, doador da vida, e a fonte de tudo:
Grande Zeus, muito errante, terrível e forte,
a quem vingança e torturas terríveis pertencem.
A humanidade vem de ti, em copiosa riqueza abunda,
quando em suas habitações alegres tu és encontrado;
Ou passa pela vida aflita e angustiada, os meios
indispensáveis da felicidade por ti suprimidos.
És tu sozinho dotado de poder sem limites,
a manter as chaves da tristeza e da alegria.
Ó Pai Santo e Abençoado, ouve a minha oração,
dispersa as sementes dos cuidados que consomem a vida;
Com a mente favorável os ritos sagrados assiste,
e concede a meus dias um glorioso e abençoado fim.
(Fonte, traduzido pelo autor do blog)
Hino Moderno ao Agathos Daimon
"Agathos Daimon, tu sentas no canto de meu lar,
na sombra fria da minha despensa,
como escapaste do calor insuportável
do impiedoso sol do Egito.
Tua presença é uma bênção,
trazendo promessas de segurança e crescimento.
Tu não te importas com os hinos de longas folhas, plenos de louvores vãos
e com os templos imponentes de estátuas douradas
e com os sacerdotes que queimam custosos incensos em seu altar.
Tu estás bastante contente com a tigela humilde de leite que verto a ti a cada manhã
e os bolos de mel deixados em teu canto sagrado na lua nova.
Na maioria das vezes, tu desejas um lugar silencioso para dormir
e ser deixado sozinho enquanto cuidas de teus negócios serpentinos.
E por isso és generoso além da medida,
mantendo meu lar seguro, minha família saudável, e meus armários bem abastecidos.
Não é de se surpreender que os homens te chamem de bom espírito,
pois quem mais entre os abençoados imortais é mais gentil com os mortais do que tu?"
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