Esta é a mais antiga imagem conhecida de Eros, o deus do amor e padroeiro do amor masculino, armado com arco e flecha, que desde então se tornaria a sua iconografia mais reconhecida. Mas, antes, o lindo Deus era representado com armas muito mais brutais.
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Antes de adquirir o arco e a flecha, Eros perseguia os amantes com armas mais grosseiras, como machado, chicote ou, acredite, um par de sandálias. As flechas se tornariam seu atributo mais comum por causa de sua associação literária com os dardos do amor.
O lécito, de pouco mais de 34cm de altura, é atribuído ao Pintor de Brygos, um mestre de segunda geração do estilo de figuras vermelhas. Datado de c. 490–480 AEC, está entre seus primeiros trabalhos e sintetiza o frescor e o vigor da arte arcaica tardia.
Observador perspicaz, o Pintor de Brygos costumava retratar cenas da vida cotidiana: folias, simpósios, atletas, guerreiros com cavalos, homens e rapazes namorando e cenas eróticas.
Aqui a figura de Eros, nu, exceto pelo manto drapeado sobre os ombros, o diadema na cabeça prendendo os longos cabelos, a alça da aljava a tiracolo em seu tronco musculoso e uma tornozeleira no tornolezo esquerdo, tem a postura e o equilíbrio típicos do artista, mantendo a potencialidade de movimento brusco: a figura é colocada frontalmente, seu peso em seu pé direito, movendo-se para a frente, enquanto sua cabeça vira de perfil enquanto ele puxa seu arco.
Mais abaixo você pode ver outras obras homomasculinas atribuídas ao Pintor de Brygos.
Provável casal masculino numa cena de simpósio (banquete reservado a homens) |
Homem nu de costas com uma oferenda a Dioniso |
Cena pederástica na palestra (escola de luta): um homem excitado masturba um jovem atleta, que ganhara um saco de castanhas de seu amante e se oferece para ele em agradecimento |
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