Arte do videogame Sparta II: Alexander the Great |
(leia antes: Era Vitoriana)
Para alguns estudiosos, o legado da Grécia na estética homoerótica tornou-se problemático, e o significado de um "vestuário" derivado da antiguidade clássica foi questionado.
O teórico francês Michel Foucault (1926–1984), talvez mais conhecido por seu trabalho L'Histoire de la Sexualité (História da Sexualidade, 1976), rejeitava as concepções essencialistas da história "gay" e promovia uma visão agora "amplamente aceita" de que "o amor grego não é uma prefiguração da homossexualidade moderna".
E eu concordo inteiramente com isso, sobre a homossexualidade moderna ser muito diferente do eros homem-homem que era a base da sociedade grega, origem da cultura ocidental. Contudo, nestas últimas décadas estamos vendo o ressurgimento do interesse moderno pelas estórias do glorioso passado helênico e uma abertura cada vez maior do público quanto a uma representação mais fiel da mitologia e da história da Grécia Antiga, que precisa de e clama por heróis, deuses e conquistadores que vivenciem o eros homem-homem assim como é conhecido dos registros antigos.
Por isso vemos personagens como Hércules, Aquiles e Pátroclo, Alexandre e Heféstion, Apolo e Jacinto, Adônis e vários outros, além de criações modernas influenciadas pelos antigos, expressarem o amor e o desejo entre homens em diversas manifestações da cultura atual, como livros, filmes, animações, quadrinhos, videogames, religiões, etc.
Para concluir esta série sobre o Amor Grego, deixo com vocês essa imortal frase do rei Filipe II da Macedônia (pai de Alexandre o Grande) sobre a coragem dos bravos heróis do Batalhão Sagrado de Tebas, sendo ele o único a derrotar o exército de amantes até então invencível, superiores até aos próprios espartanos:
Pereça miseravelmente quem pensar que esses homens fizeram ou sofreram algo de vergonhoso.
O Batalhão Sagrado de Tebas derrota os espartanos em arte de Angus McBride |
Que o amor de Eros esteja entre nós. ⚣
Nota final: toda esta série foi traduzida e adaptada da entrada Greek love na Wikipedia pelo dono deste blog. Então, se você for usar esta tradução (total ou parcial) em algum outro lugar, favor dar os devidos créditos a esta página e/ou à minha pessoa.
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