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23 fevereiro 2017

Como os pagãos se sentem sobre a homossexualidade?

    O texto abaixo é uma tradução de How Do Pagans Feel About Homosexuality?, da autoria de Patti Wigington, expert em Wicca e paganismo. O link para o texto original está no final do artigo.

Pagãos Gays, Paganismo Gay - How Do Pagans Feel About Homosexuality?

Em muitas tradições wiccanas, é comum ter um número igual de membros masculinos e femininos. Isto porque, entre outras coisas, ajuda a criar um equilíbrio igual de energia masculina e feminina. No entanto, há um número crescente de grupos pagãos que são fundados por e voltados para membros AMS (que amam o mesmo sexo), e só pode aceitar iniciados de um gênero, ao invés de ter um equilíbrio de masculino e feminino.

Tenha em mente que nem todos os pagãos seguem os mesmos conjuntos de diretrizes ou crenças, então o que é certo para um grupo pode não ser aceitável para outro.

Bem como outras questões, em geral, você vai descobrir muitas vezes que os pagãos são muito receptivos à homossexualidade. Isso é devido em grande parte ao fato de que muitos pagãos entendem que não é da sua conta quem alguém ama. Há também tendência a apoiar a ideia de que os atos de amor, prazer e beleza são sagrados — não importa de que forma os adultos participem.

No passado, alguns livros publicados por autores pagãos tinham uma visão mais conservadora em relação a membros "LGBT". Essa tendência está mudando, e em qualquer reunião pagã você provavelmente encontrará uma maior proporção de "gays" e "lésbicas" do que você encontraria na população em geral. Você também encontrará homens e mulheres "trans" em círculo com seus amigos "heterossexuais", e você encontrará muitas outras pessoas que não se encaixam em um pequeno rótulo sobre o espectro de identidade de gênero.

Algumas tradições pagãs são estritamente para membros AMS exclusivos (isto é, que amam somente o mesmo sexo), e muitas aceitam e recebem voluntários AMS (exclusivos ou não [isto é, que amam também o sexo oposto, ou "bissexuais"]) e "transgêneros" lado a lado com seus pares "heterossexuais", embora obviamente nem todos sejam completamente receptivos. Muitos clérigos pagãos são dispostos a realizar festas e cerimônias de compromisso do mesmo sexo.

Homossexualidade nas primeiras culturas

Ter pessoas AMS em uma comunidade não é nada de novo, e, em algumas culturas, membros AMS e "transgêneros" eram considerados mais próximos do divino. Valerie Hadden do Examiner diz, "muitos povos pagãos antigos reverenciavam o que nós chamaríamos agora de pessoas LGBT ou de gays. A Grécia Antiga é famosa pela sua aceitação de relações homo-masculinas. Em muitas culturas nativas americanas antigas certos homens, quem nós chamaríamos de gays, eram chamados 'dois-espíritos' e eram muitas vezes xamãs."

Muitos pagãos proeminentes e bem conhecidos hoje não são apenas AMS, mas estão escrevendo e falando sobre as questões únicas que os membros não-binários de nossa comunidade enfrentam. Christopher Penczak escreveu extensivamente sobre o assunto, e seu livro Gay Witchcraft (Bruxaria Gay, numa tradução livre), de 2003, está em uma série de listas de leitura recomendadas. O livro de Michael Thomas Ford, The Path Of The Green Man: Gay Men, Wicca and Living a Magical Life (O Caminho do Homem Verde: Homens Gays, Wicca e Vivendo uma Vida Mágica, numa tradução livre), é outro título recomendado, que explora a conexão entre sexualidade e espiritualidade.

Penczak escreve na WitchVox: "A mitologia do mundo está cheia de imagens de divindades gays. Enquanto eu lutava com minha homossexualidade ao longo de meus dias de escola católica, sempre ouvi que a homossexualidade era 'não natural' e 'contra Deus'. As culturas anteriores não só reconheciam o amor do mesmo sexo como parte da vida, mas algumas culturas realmente celebravam tal amor como divino. Nessas sociedades, os sacerdotes e sacerdotisas eram frequentemente gays ou transgêneros... Sei que fiquei surpreso ao descobrir que alguns de meus deuses e deusas favoritos tinham associações gays, lésbicas e transexuais. Essa pesquisa incomum será vista como tendenciosa por muitos, exceto pela comunidade gay, a pesquisa tradicional sobre esses tópicos sempre foi tendenciosa. A exploração do tema convida uma nova imagem do divino para nós, e para os praticantes das artes mágicas, podemos aprender mais sobre os deuses e deusas por termos uma relação direta com eles. Ao olhar para as imagens inter-culturais do divino com características gays, cada um pode encontrar uma imagem pessoal como nossa conexão divina. Podemos nos ver no espelho divino. Todos nós podemos compartilhar o amor diverso dos deuses."

FONTE

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