Uma nova versão de como o rosto do lendário rei grego/macedônio e líder militar Alexandre, o Grande, poderia ter sido na vida real foi apresentada pela Royalty Now Studios no YouTube.
Os pesquisadores frequentemente empregam tecnologia moderna e registros históricos para tentar responder à pergunta sobre como seria a verdadeira face de Alexandre, também com base em numerosos bustos sobreviventes do grande líder grego que nasceu em 356 AEC e morreu em 323 AEC.
Em sua vida curta, mas fascinante, Alexandre criou um vasto império que se estendia da Grécia à Índia e o estabeleceu na memória coletiva como "Grande".
Descrições dos historiadores do rosto de Alexandre
| Afresco representando um jovem Alexandre em uma cena de caça no túmulo de Filipe II, no sítio arqueológico de Aegae |
Além disso, moedas contemporâneas e o famoso Mosaico de Alexandre — uma obra do século I AEC desenterrada em Pompéia, Itália — o retratam com "um nariz reto, uma mandíbula ligeiramente saliente, lábios carnudos e olhos profundos sob uma testa fortemente pronunciada", como Krzysztof Nawotka descreve em seu estudo de 2010, Alexander the Great, pela Cambridge Scholars Publishing.
Embora a maioria das estátuas de Alexandre atribuam as mesmas características faciais ao jovem rei da Macedônia, os historiadores não foram conclusivos sobre a cor de seu cabelo, pois as referências de historiadores antigos são conflitantes.
O antigo historiador Eliano (c. 175 — c. 235 EC), em sua Varia Historia, descreve a cor do cabelo de Alexandre como "ξανθὴν" (xanthín [pronúncia: czanthín]), loiro, que também pode significar amarelado, avermelhado ou acastanhado.
Sabe-se que Alexandre tinha um olho de cada cor (heterocromia), podendo um ter sido preto ou castanho e o outro azul, e sua altura estimada era entre 1,65 m e 1,68 m.
| Alexandre, o Grande, recriado a partir da cabeça da estátua de Alexandre encontrada em Alexandria, Egito, do século III AEC |
Mistério em torno do túmulo de Alexandre, o Grande
Perguntas sobre a aparência de Alexandre, o Grande, provavelmente poderiam ser respondidas mais facilmente pelos métodos modernos de estudo antropológico, se seu túmulo e restos mortais tivessem sido descobertos.
Mas, até hoje, a localização da tumba de Alexandre continua cercada de mistério e a descoberta de seu local de descanso final é considerada um dos Santos Graal da arqueologia.
| Alexandre, o Grande, recriado a partir da Herma de Azara |
De lá, Ptolomeu II Filadelfo, transferiu o sarcófago para Alexandria, onde permaneceu até pelo menos a Antiguidade tardia, sugerem fontes.
Segundo a lenda, Ptolomeu IX Látiro, um dos sucessores finais de Ptolomeu, substituiu o sarcófago de Alexandre por um de vidro para que ele pudesse converter o original em moedas.
A recente descoberta da majestosa tumba de Anfípolis no nordeste da Grécia, datada da época de Alexandre, o Grande, deu origem a especulações de que sua intenção original era ser o local do enterro de Alexandre, mas a teoria foi logo abandonada (a equipe de escavação argumentou que a tumba era um memorial dedicado ao amado de Alexandre, Heféstion, embora ainda haja debates a respeito).
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| Monograma de Heféstion encontrado na Tumba de Anfípolis. O monograma traz combinadas as duas primeiras letras do seu nome, Ἡφαιστίων (Hephaistíon) |
Em seu livro de 2018 publicado pela Gutenberg, a famosa estudiosa sugere que a tumba em Aegae, onde Filipe foi assassinado e Alexandre foi proclamado o novo rei, é, de fato, de Alexandre, e não de seu pai — o que explicaria por que o jovem rei foi retratado no famoso afresco dentro daquela tumba.
| Alexandre, o Grande, em uma interpretação moderna de como ele poderia ter sido em roupas e estética contemporâneas |
Fonte
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