Aviso aos nossos inimigos:

"Pereçam miseravelmente aqueles que pensam que estes homens fizeram ou sofreram algo vergonhoso." (Filipe II da Macedônia sobre o Batalhão Sagrado de Tebas, o Exército de Amantes)

02 agosto 2020

Amor Grego: Neoclassicismo

Johann Winckelmann via o Apolo Belvedere (séc. II EC) como personificação de um ideal grego
Johann Winckelmann via o Apolo Belvedere (séc. II EC)
como personificação de um ideal grego
(leia antes: Renascença)

Helenismo Alemão
O termo alemão griechische Liebe ("amor grego") aparece na literatura alemã entre 1750 e 1850, junto com o socratische Liebe ("amor socrático") e o platonische Liebe ("amor platônico") em referência às atrações homem-homem.

Amor Grego: Renascença

Tommaso dei Cavalieri, amado de Michelangelo, foi inspiração para vários de seus desenhos, poemas e esculturas, como este Gênio da Vitória (1534)
Tommaso dei Cavalieri, amado de Michelangelo, foi inspiração para
vários de seus desenhos, poemas e esculturas, como este Gênio da Vitória (1534)
(leia antes: Roma Antiga)

 As relações eróticas masculinas, retratadas pelo ideal do "amor grego", foram cada vez mais proibidas pelas tradições judaico-cristãs da sociedade ocidental. No período pós-clássico, poesia de amor dirigida por homens a outros homens tem sido em geral um tabu. Foi o Renascimento que mudou a idéia de amor no sentido de Platão para o que agora chamamos de "amor platônico"—como assexuado e "heterossexual".

Batalhão Sagrado de Tebas – História Militar (Invasões de Agesilau II)

Homossexualidade na Grécia Antiga - Eros Farnese, baseado na famosa (e perdida) estátua colossal do Eros de Praxíteles
Eros Farnese, baseado na famosa (e perdida) estátua colossal do Eros de Praxíteles
que atraía multidões para Téspias (que tinha o deus do amor como divindade padroeira),
cidade da Beócia que estava do lado dos espartanos contra Tebas
(leia antes: Composição)

 Segundo Plutarco, Górgidas originalmente distribuiu os membros do Batalhão Sagrado entre as fileiras da frente das falanges da infantaria regular. Em 375 AEC, o comando do batalhão foi transferido para o jovem beotarca Pelópidas, um dos tebanos exilados originais que liderou as forças que recapturaram a Cadmeia. Sob Pelópidas, o Batalhão Sagrado foi unido como uma única unidade de tropas de choque. Sua principal função era aleijar o inimigo, confrontando e matando seus melhores homens e líderes em batalha.

Amor Grego: Roma Antiga

Homossexualidade na Roma Antiga - Taça Warren (séc. I EC)
Taça Warren (séc. I EC)
(leia antes: Antecedente Grego Antigo)

 Em latim, mos Graeciae ou mos Graecorum ("costume grego" ou "o modo dos gregos") refere-se a uma variedade de comportamentos que os antigos romanos consideravam gregos, incluindo, mas não limitados à, prática sexual. Comportamentos sexuais entre homens em Roma eram aceitáveis ​​apenas dentro de um relacionamento inerentemente desigual; cidadãos romanos do sexo masculino mantinham sua masculinidade desde que assumissem o papel ativo e penetrante, e o parceiro sexual masculino apropriado fosse um prostituto ou escravo (incluindo gladiadores), que quase sempre era não-romano.

Amor Grego: Antecedente Grego Antigo

Homossexualidade na Grécia Antiga - Amor Grego - Zeus sequestra Ganimedes
Zeus sequestra Ganimedes (terracota do séc. V AEC)
(leia antes: Termos Históricos)

 Em seu clássico estudo Greek Homosexuality (Homossexualidade Grega), Kenneth Dover (1920–2010) afirma que os substantivos modernos "homossexual" e "heterossexual" não têm equivalentes na língua grega antiga. Segundo Dover, na Grécia antiga não havia conceito equivalente à concepção moderna de "preferência sexual"; supunha-se que uma pessoa pudesse ter respostas 'hetero-' e 'homossexuais' em momentos diferentes.

Amor Grego: Termos Históricos

Homossexualidade na Grécia Antiga - Amor Grego - Eros (as asas foram apagadas) corteja um rapaz (do "Pintor de Pentesileia", séc. V AEC)
Eros (as asas foram apagadas) corteja um rapaz
(do "Pintor de Pentesileia", séc. V AEC)
(leia antes: Introdução)

 Como uma expressão no português moderno e em outras línguas européias modernas, "amor grego" refere-se a várias práticas (principalmente homoeróticas) como parte da herança helênica reinterpretada por adeptos como Lytton Strachey (1880–1932); aspas são frequentemente colocadas em uma ou ambas as palavras (amor "grego", "amor" grego ou "amor grego") para indicar que o uso da frase é determinado pelo contexto. Frequentemente, serve como uma "frase codificada" para pederastia, ou para "higienizar" o desejo sexual entre homens em contextos históricos em que era considerado inaceitável.

Amor Grego: Introdução

Homossexualidade na Grécia Antiga - Amor Grego - Simpósio grego (detalhe de um afresco do Túmulo do Mergulhador em Paestum, Itália)
Simpósio grego (detalhe de um afresco do Túmulo do Mergulhador em Paestum, Itália)
 Amor grego é um termo usado originalmente pelos classicistas para descrever os costumes, práticas e atitudes principalmente homoeróticas dos antigos gregos. Era frequentemente usado como eufemismo para homossexualidade e pederastia. A expressão é um produto do enorme impacto da recepção da cultura grega clássica nas atitudes históricas em relação à sexualidade e sua influência na arte e em vários movimentos intelectuais.

Batalhão Sagrado de Tebas – Composição

Homossexualidade na Grécia Antiga - Amor Grego - O aperfeiçoamento do corpo nos ginásios era essencial para o ingresso no exército, e também era nesses espaços que se formavam os laços entre amante e amado (arte de H M Gerget)
O aperfeiçoamento do corpo nos ginásios era essencial para o ingresso no exército,
e também era nesses espaços que se formavam os laços entre amante e amado
(arte de H M Gerget)
(leia antes: Formação)

 Segundo Plutarco, os 300 homens selecionados a dedo foram escolhidos por Górgidas puramente por habilidade e mérito, independentemente da classe social. O batalhão era composto por 150 casais masculinos, cada par constituído por um erastês mais velho (ἐραστής, "amante") e um eromenos mais jovem (ἐρώμενος, "amado").

Batalhão Sagrado de Tebas – Formação

Batalhão Sagrado de Tebas, de Angus McBride (abaixo, um soldado espartano derrotado)
Batalhão Sagrado de Tebas, de Angus McBride
(abaixo, um soldado espartano derrotado)

 O Batalhão Sagrado de Tebas (grego antigo: Ἱερὸς Λόχος, Hieròs Lókhos) foi uma tropa de soldados selecionados, constituídos por 150 pares de amantes masculinos que formavam a força de elite do exército tebano no século IV AEC, finalizando o domínio espartano sobre a Grécia. Sua predominância começou com seu papel crucial na Batalha de Lêuctra, em 371 AEC. Foi aniquilado por Felipe II da Macedônia na Batalha de Queroneia, em 2 de agosto de 338 AEC.

24 maio 2020

Stephen Fry elogia o modo como a mitologia grega apresentava relações homoafetivas

Stephen Fry, Mitologia Grega, Zéfiro e Jacinto

Fry escreveu dois livros sobre mitologia grega.

Em uma palestra digital proferida no Hay Festival, Stephen Fry (famoso ator, comediante e escritor inglês, conhecido, entre inúmeros outros trabalhos, pelo papel de Oscar Wilde no filme Wilde em 1997) elogiou o modo como a mitologia grega apresentava as relações entre pessoas do mesmo sexo como uma coisa que não era "algo particularmente especial".

Desejo entre homens: cultura 'danshoku' e seu legado no Japão

 Do danshoku histórico ao boys' love de hoje, a especialista em cultura comparativa Saeki Junko examina aspectos da cultura homomascul...