Eros (as asas foram apagadas) corteja um rapaz (do "Pintor de Pentesileia", séc. V AEC) |
(leia antes: Introdução)
Como uma expressão no português moderno e em outras línguas européias modernas, "amor grego" refere-se a várias práticas (principalmente homoeróticas) como parte da herança helênica reinterpretada por adeptos como Lytton Strachey (1880–1932); aspas são frequentemente colocadas em uma ou ambas as palavras (amor "grego", "amor" grego ou "amor grego") para indicar que o uso da frase é determinado pelo contexto. Frequentemente, serve como uma "frase codificada" para pederastia, ou para "higienizar" o desejo sexual entre homens em contextos históricos em que era considerado inaceitável.
O termo alemão griechische Liebe ("amor grego") aparece na literatura alemã entre 1750 e 1850, junto com o socratische Liebe ("amor socrático") e o platonische Liebe ("amor platônico") em referência às atrações homem-homem. A Grécia antiga tornou-se um ponto de referência positivo pelo qual homens andrófilos de uma determinada classe e educação poderiam se envolver em discursos que, de outra forma, seriam tabus. No início do período moderno, uma disjunção foi cuidadosamente mantida entre o eros¹ masculino idealizado na tradição clássica, que era tratada com reverência e a sodomia, que era um termo de desprezo.
Nota:
1. A palavra "eros" (com inicial minúscula) é a expressão grega para desejo, amor apaixonado, amor erótico, romance; "eros masculino" significaria, então, "desejo, atração ou romance entre homens". Não confundir com "Eros" (com inicial maiúscula), nome do deus do amor.
(continua em Antecedente Grego Antigo)
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